2022, ISBN: 9788569536215
new. Publicado em 1984, Corpo é um dos grandes livros da última fase de Carlos Drummond de Andrade. Com mais de oitenta anos de vida e cinquenta de carreira literária (Alguma poesia, sua… mais…
new. Publicado em 1984, Corpo é um dos grandes livros da última fase de Carlos Drummond de Andrade. Com mais de oitenta anos de vida e cinquenta de carreira literária (Alguma poesia, sua estreia em livro, é de 1930), o mineiro jamais se acomodaria: a força dos poemas reunidos neste volume é testemunha do inesgotável talento para ajustar, numa poesia tão comunicativa quanto poderosa, grandes temas como o amor, a morte, o meio ambiente e os afetos. Meu corpo não é meu corpo, / é ilusão de outro ser., diz o poeta na primeira peça do livro, As contradições do corpo. Rico em significados, o título do volume lança luz sobre os vários corpos habitados por todos nós: este físico e mortal que carregamos desde o nascimento, o corpo sensual, sensorial e afetivo, e o corpo geográfico e urbano. Não à toa há desde poemas sobre relações amorosas até observações sobre o corpo de nossas cidades, cada vez mais degradadas. A preocupação com a devastação à brasileira (isto é, a violência contra o outro, contra a natureza e contra o patrimônio histórico e emocional das nossas cidades, em especial do Rio de Janeiro) vinha sendo umas das preocupações de Drummond desde, pelo menos, o final da década de 1960. Neste livro, o itabirano é bastante eloquente sobre o estado de coisas do Brasil. Seus versos têm o peso da denúncia, do comentário mais veemente - sem que isso signifique, claro, perder a ternura e o olhar generoso sobre a vida. Com posfácio da crítica e escritora Maria Esther Maciel, esta edição de Corpo é uma nova oportunidade para entrar em contato com a corrente sanguínea de uma poesia que, ainda hoje, irriga nossa melhor literatura. Capa comum: 120 páginasEditora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (17 de março de 2015)Idioma: PortuguêsISBN-10: 8535925546ISBN-13: 978-8535925548Dimensões do produto: 21 x 14 x 1,2 cmPeso de envio: 599 g, 6, Vozes, 1988. Soft cover. Very Good. Fine interior, faint foxing to top and bottom page edges, light surface wear to covers. Text in Portuguese published in 1988., Vozes, 1988, 3, new. A chegada de um grupo de homens e a invasão de dezenas de cães e de bois na pacata cidade de Manarairema altera a rotina dos moradores locais e coloca em evidência a imprevisibilidade da vida. Quando José J. Veiga estreou na literatura, já era um homem maduro. Aos 44 anos, lançou em 1959 Os cavalinhos de Platiplanto, um livro de contos de pouco mais de 150 páginas e tão contundente que os críticos não sabiam muito bem como classificá-lo. Alguns diziam tratar-se de literatura fantástica, outros faziam ressalvas. O fato é que na surdina e passando quase despercebido, José J. Veiga foi atraindo a atenção de autores e críticos atentos à literatura brasileira, como Antonio Candido, Silviano Santiago e José Castello. Considerado o romance mais importante do autor, A hora dos ruminantes conta a história da pequena cidade de Manarairema, que vê a sua rotina alterada por acontecimentos inexplicáveis. Primeiro uma legião de homens, de procedência desconhecida, decide acampar na cidade. Os moradores, temendo represálias e com medo dos visitantes misteriosos, passam a especular sobre a intenção do grupo. Depois, a cidade é tomada por cães, que chegam às dúzias no vilarejo, causando uma inversão de papéis: enquanto os moradores ficam acuados em suas casas, os animais passeiam livremente pela cidade. E, por último, a chegada de centenas de bois completa o quadro alegórico do romance. José J. Veiga possui uma qualidade que inúmeros autores gostariam de ter, pois é capaz de agradar tipos muito diferentes de leitores, de jovens estudantes a leitores maduros, de admiradores da prosa fantástica aos fãs da narrativa realista. Com a reedição da obra completa do autor pela Companhia das Letras, com prefaciadores convidados, fotos do autor e sugestões de leitura, José J. Veiga finalmente é resgatado para cravar a sua marca no grupo seleto de autores da melhor tradição literária brasileira. Editora : Companhia das Letras; 2ª edição (11 março 2022) Idioma : Português Capa comum : 152 páginas ISBN-10 : 6559212270 ISBN-13 : 978-6559212279 Dimensões : 13.8 x 1.3 x 21 cm, 6, new. Praticante de futebol durante a infância e mocidade, fanático torcedor até hoje, João Carlos Marinho realiza aqui o seu sonho de fazer literatura com futebol. O caneco de prata é o primeiro livro da literatura brasileira para crianças a ter como tema o futebol (publicado em 1971) e permanece como um clássico. A turma do gordo resolve ganhar o campeonato mirim que até ali era ganho anualmente pela escola do professor Giovanni, um italiano fanático, casado com a Filomena. A obsessão pelo futebol é levada aos extremos limites, ultrapassa-os, invade a cidade, invade tudo, todos ficam loucos: juízes, psicanalistas, advogados, o gordo, o dono do hospício, um leopardo, o Esquadrão da Morte, um marciano. Mas rodada por rodada, implacável como o destino, o campeonato avança, afunila-se a tabela, aproxima-se a grande final. Giovanni faz de tudo para fulminar o adversário, ensina a quebrar perna sem o juiz ver, joga bomba bacteriológica na concentração. Filomena implora que, além do futebol, Giovanni preste um pouquinho de atenção nela também. Enfim o professor Giovanni acaba sendo um vilão simpático, o autor se diz encarnado nele. Editora : Global Editora; 17ª edição (1 janeiro 2008)Idioma : PortuguêsCapa comum : 102 páginasISBN-10 : 8526012991ISBN-13 : 978-8526012998Idade de leitura : 9 - 12 anosDimensões : 22.8 x 15.2 x 0.8 cm, 6, new. Algumas histórias são tão boas e fascinantes que parecem fruto da mais pura imaginação. A história do garoto brasileiro que, morando em Berlim, na Alemanha dos pais, vai à padaria e se vê recrutado à força para servir ao exército nazista é daqueles enredos que te prendem de imediato. A partir de um pequeno diário caindo aos pedaços que lhe chegou às mãos por acaso, o jornalista Tarcísio Badaró escreveu uma história que reúne aventura, drama, relatos de guerra, anotações de viagem e sentimentos humanos variados. Horst Brenke, o nosso garoto em questão, deixou um registro cru e emocionante que jamais havia sido lido antes. Com ele, vamos direto ao cenário da Segunda Guerra Mundial em seus momentos finais, num mundo destroçado pela barbárie. Sua saga inclui a prisão nos famigerados campos russos, o trabalho escravo em condições perversas, a vida como indigente na Itália. Para nos contar essa história, Tarcísio Badaró fez um primoroso dever de casa: visitou arquivos alemães e russos, consultou historiadores e fontes diversas, leu tudo sobre a guerra e entrevistou a família brasileira e os amigos do personagem. E fez mais: foi à Europa e empreendeu o mesmo percurso anotado por Horst em seu diário, 71 anos antes, passando por cidades e lugarejos de nove países. O resultado é este livro poderoso, revelador do quanto o bom jornalismo ainda pode nos surpreender em contextos saturados de informação. Editora : Vestígio; 1ª edição (20 outubro 2016) Idioma : Português Capa comum : 192 páginas ISBN-10 : 8582863284 ISBN-13 : 978-8582863282 Dimensões : 23 x 16 x 1.4 cm, 6, new. Dizem que segredos não sobrevivem por muito tempo em cidades pequenas. Mas, em Três Rios, eles estão por toda parte há tempo demais. Sombrios, aterrorizantes e indecifráveis um espelho da cidadezinha onde tudo aquilo que é estranho e profano sempre encontra um jeito de se manifestar na superfície. O encontro inevitável de Cesar Bravo com a DarkSide® Books veio das profundezas. Algo visceral, que era para ser, como todas as coisas assinadas com sangue. Ultra Carnem selou o pacto entre a editora mais sinistra do Brasil e a mente maldita de Bravo, povoando os pesadelos dos leitores, que pediram mais. Mais histórias. Mais mistérios. Uma nova experiência sobrenatural, quem sabe? Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, Bravo guia os leitores amaldiçoados até os cantos mais sombrios de nossas mentes. E a cidadezinha de Três Rios, localizada no noroeste paulista, é o palco principal um ponto de encontro de todas as coisas estranhas que acontecem nas redondezas. O inferno corre por essas águas e lança suas sementes nessa terra. Um lugar vivo e pronto para devorar o próximo filho que renegar sua origem. VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue se passa em um período especial e repleto de esquisitices, entre 1985 e 1995, e tem início em uma videolocadora peculiar capaz de alugar os sonhos e as vidas de seus clientes. Quem viveu nessa época vai ter para sempre suas lembranças com textura de VHS. Bravo constrói a narrativa de seu novo romance de horror fragmentado com base em registros orais, casos sinistros e uma porção de detalhes que rodeiam a vida dos moradores de Três Rios mandingas macabras, crimes brutais, animais soturnos e inúmeros mapas, notícias de jornais e anúncios compõem o imaginário de um local esquecido pelo tempo. Os relatos mais sangrentos de Três Rios têm lastro na vida real, e vão empurrar o leitor em um dilema moral, comenta o autor, Cesar Bravo. Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, cada fragmento é uma memória, algo a ser dividido, e os relatos dos habitantes de Três Rios deixa de ser pessoal e passa a fazer parte de um todo. As várias faces do horror se manifestam e prometem assombrar qualquer um que ousar mergulhar nas páginas desta obra. A grandiosidade da vida está na reunião de episódios insólitos, belos e dantescos, complementa. A escrita de Cesar Bravo se mostra ainda mais audaciosa e transgressora em seu segundo livro publicado pela DarkSide® Books. Fãs de Stephen King, Clive Barker, Joe Hill e Robert Chambers têm outro mestre para seguir com uma voz única e muito brasileira, o terror nacional volta a respirar na pele da nova geração de autores e leitores sedentos por histórias que dêem voz a nossa identidade. Capa dura: 288 páginasEditora: Darkside; Edição: Nova edição (8 de dezembro de 2019)Idioma: PortuguêsISBN-10: 8594541902ISBN-13: 978-8594541901Dimensões do produto: 23,4 x 16 x 2,4 cmPeso de envio: 399 g, 6, new. Ana Campagnolo e David Amato comentam sobre o debate político acerca do Homeschool através da experiência de bastidores e da atuação oficial de uma deputada. Na primeira parte do livro, reuniram os argumentos mais comuns contra a educação domiciliar e explicam porque são infundados. Será que a escola é a única instituição capaz de transmitir uma educação democrática? Sem escola não há socialização? Estão os pais habilitados a educarem seus próprios filhos tão mal quanto a escola pública brasileira? A criança que não frequenta escola sofrerá abuso sexual e ficará traumatizada? A educação domiciliar é autoritária, fundamentalista, preconceituosa e perigosa? A escola precisa ser tão obrigatória quanto é ineficiente? O Homeschool aumenta a desigualdade? E o mais importante: é justo o seu filho não ser exposto ao bullying e à pedagogia ruim juntamente com outras milhares de crianças da sua cidade? É justo você salvar as suas crianças e deixar as outras para trás? Editora : Estudos Nacionais; Primeira edição (28 abril 2022)Idioma : PortuguêsCapa comum : 140 páginasISBN-10 : 6599030270ISBN-13 : 978-6599030277Idade de leitura : 18 anos e acimaDimensões : 23 x 16 x 0.8 cm , 6, new. Depois de receber diversos prêmios e vender mais de 2,5 milhões de exemplares no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos com a série 1808, 1822 e 1889, o escritor Laurentino Gomes dedica-se a uma nova trilogia de livros-reportagem, desta vez sobre a história da escravidão no Brasil. Resultado de seis anos de pesquisas e observações, que incluíram viagens por doze países e três continentes, este primeiro volume cobre um período de 250 anos, do primeiro leilão de cativos africanos registrado em Portugal, na manhã de 8 de agosto de 1444, até a morte de Zumbi dos Palmares. Entre outros aspectos, a obra explica as raízes da escravidão humana na Antiguidade e na própria África antes da chegada dos portugueses, o início do tráfico de cativos para as Américas e suas razões, os números, os bastidores e os lucros do negócio negreiro, além da trajetória de alguns de seus personagens mais importantes, como o Infante Dom Henrique, patrono das grandes navegações e descobrimentos do século XV e também um dos primeiros grandes traficantes de escravos no Atlântico. Esta é uma história de dor e sofrimento cujos traços ainda são visíveis atualmente em muitos dos locais visitados pelo autor, como Luanda, em Angola; Ajudá, no Benim; Cidade Velha, em Cabo Verde; Liverpool, na Inglaterra; e o cais do Valongo, no Rio de Janeiro.Os dois volumes seguintes, a serem publicados até as vésperas do bicentenário da Independência Brasileira, em 2022, serão dedicados ao século XVIII, o auge do tráfico de escravos, e ao movimento abolicionista que resultou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888, chegando até o persistente legado da escravidão que ainda hoje assombra o futuro dos brasileiros. Capa comum: 504 páginasEditora: Globo Livros; Edição: 1 (23 de agosto de 2019)Idioma: PortuguêsISBN-10: 6580634014ISBN-13: 978-6580634019Dimensões do produto: 22,8 x 15,6 x 2,8 cmPeso de envio: 581 g, 6, new. Um livro da novíssima ficção brasileira, que surpreende e faz rir mesmo dos eventos mais terríveis da vida.Este grupo de ficções de Veronica Stigger contos, causos, epifanias, poemas e textos de inspiração teatral oferece, com sua variedade de forma e ritmos, um conjunto absolutamente irresistível, aterrador e risível de nossas fragilidades (do corpo e da mente). A história do aluno de colégio invejado por levar tupperware preto; o dia em que nevou numa cidade dos trópicos; o longo conto-poema sobre sangue, menstruação e morte. Capa comum : 144 páginasISBN-10 : 8588808870ISBN-13 : 978-8588808874Dimensões do produto : 20.8 x 13.6 x 1 cmEditora : Todavia; 1ª Edição (4 abril 2019)Idioma: : Português, 6, new. Primeiro livro de Adélia Prado, Bagagem mostra o talento que faria da escritora uma das mais aclamadas poetas da literatura brasileira.Publicado originalmente em 1976, Bagagem foi lido e recebido com empolgação por Carlos Drummond de Andrade, que, entusiasta da obra de Adélia, indicou sua publicação. O livro traz textos repletos de emoções que, para a autora, são inseparáveis da criação, ainda que nascidas, muitas vezes, do sofrimento. O sentido de religiosidade também está presente em grande parte dos poemas, retratando parte da realidade da vida no interior do Brasil. Muitas vezes, Adélia opta por expor conflitos entre o sagrado e o profano, observados a partir de coisas simples da natureza ou até mesmo da leitura de um texto religioso.O estilo inconfundível dos poemas não traduz somente a lenta maturação de uma obra sendo idealizada por quatro décadas (Adélia tinha 41 anos na publicação deste que é seu livro de estreia); revela uma poeta dotada de autocrítica, cultivada lentamente e disposta a correr riscos. A estreia tardia expõe um equilíbrio raro: frescor e maturidade, provocação e respeito, despudor e humildade.Os poemas de Bagagem nasceram de um período em que Adélia escrevia incessantemente. Os poemas praticamente irromperam, apareceram cargas e sobrecargas de poemas. Eu escrevia muito nesse período, confessa a autora. Apesar de muitos e variados, abordando temas tão diversos quanto o amor carnal, o amor divino, a vocação do poeta, as cores e as dores da vida, os textos possuem uma unidade, uma fala peculiar. Entre outros títulos que me ocorreram, Bagagem era o que resumia, para mim, aquilo que não posso deixar ou esquecer em casa. A própria poesia, sintetiza Adélia.Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: está à lei, não dos homens, mas de Deus. Carlos Drummond de AndradeAdélia é uma poeta da linguagem escrita. Mas escrita ditada pelos ritmos da voz, longamente cultivada na liturgia, na conversa da cidade de interior, na memória familiar, nas canções populares e na declamação dos poemas. A sua concepção poética converge para o verbo. Augusto Massi Editora : Record; 41ª edição (26 fevereiro 2003)Idioma : PortuguêsCapa comum : 144 páginasISBN-10 : 850106503XISBN-13 : 978-8501065032Dimensões : 20.8 x 13.4 x 1.4 cm, 6, new. Uma análise contundente das eleições de 2018, o evento mais impressionante da história eleitoral brasileira, a partir de dados e gráficos estatísticos. Qual o perfil dos eleitores de Jair Bolsonaro? De que segmento social fazem parte? Qual sua escolaridade, idade, gênero e religião? Em suma: Quem votou em Bolsonaro? Utilizando gráficos e dados comparativos, o cientista político Jairo Nicolau faz uma radiografia do surpreendente desempenho de Jair Bolsonaro e do PSL nas eleições de 2018, que levaram o país a uma radical guinada à direita. Estudioso do processo eleitoral brasileiro, Nicolau apresenta e analisa os números que elegeram um nome até então relativamente inexpressivo no cenário mais amplo da nossa política, esmiuçando pontos centrais como a relação entre tempo de TV, dinheiro e voto; as redes sociais; o voto das mulheres e dos evangélicos; o voto por regiões, estados e cidades. O Brasil dobrou à direita traz uma contribuição decisiva para o debate desapaixonado sobre o fenômeno do bolsonarismo nas urnas e sobre as transformações que mudaram o rumo do Brasil. Um livro fundamental para se entender o que aconteceu e o que pode acontecer nas próximas eleições. Editora : Zahar; 1ª edição (5 outubro 2020)Idioma : PortuguêsCapa comum : 144 páginasISBN-10 : 8537818887ISBN-13 : 978-8537818886Dimensões : 14 x 0.9 x 21 cm, 6, new. Uma história da privacidade e das práticas cotidianas dos brasileiros do século XIX. Organizado por Luiz Felipe de Alencastro, o livro é o segundo dos quatro volumes da premiada coleção História da Vida Privada no Brasil, que se tornou referência incontornável na historiografia nacional e agora retorna ao mercado numa cuidadosa edição de bolso. Os textos aqui reunidos desvendam os mecanismos da sociedade moderna e a dinâmica da formação nacional. Destaca-se, nesse contexto, o Rio de Janeiro, que na época desfrutou de uma preeminência jamais igualada por outra cidade brasileira. A propagação das modas europeias, as relações entre senhores e escravos, os modos de vida dos migrantes e novos imigrantes europeus, as posses e as angústias familiares dos senhores de engenho são alguns dos temas abordados. Prêmio Jabuti 1998 de Melhor Livro de Ciências Humanas Editora : Companhia de Bolso; 1ª edição (4 junho 2019)Idioma : PortuguêsCapa comum : 448 páginasISBN-10 : 8535932208ISBN-13 : 978-8535932201Dimensões : 17.8 x 12.4 x 2.6 cm, 6, new. Cruamente honesto, o livro de memórias de Rex Brown (baixista do Pantera) oferece uma visão chocante sobre uma das bandas mais influentes e populares da história do Heavy Metal. Poucas bandas de Metal sobreviveram à turbulência que tomou de assalto a cena musical do começo dos anos 1990. O Pantera foi uma exceção. Ao invés de se render ao mercado, a banda optou pelo caminho inverso: obrigou que os fãs seguissem os seus passos, através do lançamento de uma série de discos ferozmente intransigentes, como Vulgar Display of Power e Far Beyond Driven, que venderam milhões de cópias mesmo tocando pouquíssimo no rádio. A biografia de Rex Brown é a narrativa definitiva sobre os bastidores de uma das maiores bandas de rock, que alcançou o sucesso lutando contra todas as adversidades, mas, tragicamente, teve sua trajetória interrompida com a morte do guitarrista Darrell Dimebag Abbott, assassinado no palco por um fã perturbado. A edição brasileira conta com prefácio escrito pelo jornalista e músico Luiz Mazetto, além de um caderno de fotos mostrando diversas fases da carreira de Rex Brown no Pantera. Este é um relato lúcido sobre as histórias (até então não conta-das) de uma das bandas mais influentes do Heavy Metal, escrito pelo homem mais qualificado para contar a verdade sobre aqueles incríveis e muitas vezes difíceis anos de fama e excessos. REX BROWN nasceu em 1964, na cidade de Graham, no Texas. Ele entrou para o Pantera em 1982 e também tocou no Down. Sua nova banda, Kill Devil Hill, já lançou dois álbuns e vem conquistando muitos fãs. é o autor do livro James Hetfield: The Wolf at Metallicas Door. Ele divide seu tempo entre a Califórnia e a Escócia. Editora : Ideal; 1ª edição (1 julho 2014) Idioma : Português Capa comum : 288 páginas ISBN-10 : 8562885274 ISBN-13 : 978-8562885273 Dimensões : 22.6 x 15.8 x 2 cm, 6, new. Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele no correr dos anos 1960 e do que viria a acontecer depois dele no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara (um, dois muitos Vietnãs); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas no Brasil, sem lenço e sem documento, canta-se que nada será como antes, apesar de você. Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais sempre desejosos de tomar o poder e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos leninistas, trotskistas, maoístas ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018)Idioma : PortuguêsCapa comum : 288 páginasISBN-10 : 8569536216ISBN-13 : 978-8569536215Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 6<
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2018, ISBN: 9788569536215
Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que o… mais…
Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. – Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele – no correr dos anos 1960 – e do que viria a acontecer depois dele – no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara ("um, dois… muitos Vietnãs"); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas – no Brasil, "sem lenço e sem documento", canta-se que "nada será como antes", "apesar de você". Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais – sempre desejosos de tomar o poder – e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos – escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia – a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos – e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos – leninistas, trotskistas, maoístas – ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018) Idioma : Português Capa comum : 288 páginas ISBN-10 : 8569536216 ISBN-13 : 978-8569536215 Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 0<
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2018, ISBN: 9788569536215
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new. Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele no correr dos anos 1960 e do que viria a acontecer depois dele no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara (um, dois muitos Vietnãs); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas no Brasil, sem lenço e sem documento, canta-se que nada será como antes, apesar de você. Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais sempre desejosos de tomar o poder e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos leninistas, trotskistas, maoístas ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018)Idioma : PortuguêsCapa comum : 288 páginasISBN-10 : 8569536216ISBN-13 : 978-8569536215Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 6<
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[EAN: 9788569536215], Neubuch, [PU: AUTONOMIA LITERARIA], Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das qua… mais…
[EAN: 9788569536215], Neubuch, [PU: AUTONOMIA LITERARIA], Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. – Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele – no correr dos anos 1960 – e do que viria a acontecer depois dele – no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara ("um, dois muitos Vietnãs"); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas – no Brasil, "sem lenço e sem documento", canta-se que "nada será como antes", "apesar de você". Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais – sempre desejosos de tomar o poder – e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos – escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia – a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos – e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos – leninistas, trotskistas, maoístas – ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e, Books<
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2022, ISBN: 9788569536215
new. Publicado em 1984, Corpo é um dos grandes livros da última fase de Carlos Drummond de Andrade. Com mais de oitenta anos de vida e cinquenta de carreira literária (Alguma poesia, sua… mais…
new. Publicado em 1984, Corpo é um dos grandes livros da última fase de Carlos Drummond de Andrade. Com mais de oitenta anos de vida e cinquenta de carreira literária (Alguma poesia, sua estreia em livro, é de 1930), o mineiro jamais se acomodaria: a força dos poemas reunidos neste volume é testemunha do inesgotável talento para ajustar, numa poesia tão comunicativa quanto poderosa, grandes temas como o amor, a morte, o meio ambiente e os afetos. Meu corpo não é meu corpo, / é ilusão de outro ser., diz o poeta na primeira peça do livro, As contradições do corpo. Rico em significados, o título do volume lança luz sobre os vários corpos habitados por todos nós: este físico e mortal que carregamos desde o nascimento, o corpo sensual, sensorial e afetivo, e o corpo geográfico e urbano. Não à toa há desde poemas sobre relações amorosas até observações sobre o corpo de nossas cidades, cada vez mais degradadas. A preocupação com a devastação à brasileira (isto é, a violência contra o outro, contra a natureza e contra o patrimônio histórico e emocional das nossas cidades, em especial do Rio de Janeiro) vinha sendo umas das preocupações de Drummond desde, pelo menos, o final da década de 1960. Neste livro, o itabirano é bastante eloquente sobre o estado de coisas do Brasil. Seus versos têm o peso da denúncia, do comentário mais veemente - sem que isso signifique, claro, perder a ternura e o olhar generoso sobre a vida. Com posfácio da crítica e escritora Maria Esther Maciel, esta edição de Corpo é uma nova oportunidade para entrar em contato com a corrente sanguínea de uma poesia que, ainda hoje, irriga nossa melhor literatura. Capa comum: 120 páginasEditora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (17 de março de 2015)Idioma: PortuguêsISBN-10: 8535925546ISBN-13: 978-8535925548Dimensões do produto: 21 x 14 x 1,2 cmPeso de envio: 599 g, 6, Vozes, 1988. Soft cover. Very Good. Fine interior, faint foxing to top and bottom page edges, light surface wear to covers. Text in Portuguese published in 1988., Vozes, 1988, 3, new. A chegada de um grupo de homens e a invasão de dezenas de cães e de bois na pacata cidade de Manarairema altera a rotina dos moradores locais e coloca em evidência a imprevisibilidade da vida. Quando José J. Veiga estreou na literatura, já era um homem maduro. Aos 44 anos, lançou em 1959 Os cavalinhos de Platiplanto, um livro de contos de pouco mais de 150 páginas e tão contundente que os críticos não sabiam muito bem como classificá-lo. Alguns diziam tratar-se de literatura fantástica, outros faziam ressalvas. O fato é que na surdina e passando quase despercebido, José J. Veiga foi atraindo a atenção de autores e críticos atentos à literatura brasileira, como Antonio Candido, Silviano Santiago e José Castello. Considerado o romance mais importante do autor, A hora dos ruminantes conta a história da pequena cidade de Manarairema, que vê a sua rotina alterada por acontecimentos inexplicáveis. Primeiro uma legião de homens, de procedência desconhecida, decide acampar na cidade. Os moradores, temendo represálias e com medo dos visitantes misteriosos, passam a especular sobre a intenção do grupo. Depois, a cidade é tomada por cães, que chegam às dúzias no vilarejo, causando uma inversão de papéis: enquanto os moradores ficam acuados em suas casas, os animais passeiam livremente pela cidade. E, por último, a chegada de centenas de bois completa o quadro alegórico do romance. José J. Veiga possui uma qualidade que inúmeros autores gostariam de ter, pois é capaz de agradar tipos muito diferentes de leitores, de jovens estudantes a leitores maduros, de admiradores da prosa fantástica aos fãs da narrativa realista. Com a reedição da obra completa do autor pela Companhia das Letras, com prefaciadores convidados, fotos do autor e sugestões de leitura, José J. Veiga finalmente é resgatado para cravar a sua marca no grupo seleto de autores da melhor tradição literária brasileira. Editora : Companhia das Letras; 2ª edição (11 março 2022) Idioma : Português Capa comum : 152 páginas ISBN-10 : 6559212270 ISBN-13 : 978-6559212279 Dimensões : 13.8 x 1.3 x 21 cm, 6, new. Praticante de futebol durante a infância e mocidade, fanático torcedor até hoje, João Carlos Marinho realiza aqui o seu sonho de fazer literatura com futebol. O caneco de prata é o primeiro livro da literatura brasileira para crianças a ter como tema o futebol (publicado em 1971) e permanece como um clássico. A turma do gordo resolve ganhar o campeonato mirim que até ali era ganho anualmente pela escola do professor Giovanni, um italiano fanático, casado com a Filomena. A obsessão pelo futebol é levada aos extremos limites, ultrapassa-os, invade a cidade, invade tudo, todos ficam loucos: juízes, psicanalistas, advogados, o gordo, o dono do hospício, um leopardo, o Esquadrão da Morte, um marciano. Mas rodada por rodada, implacável como o destino, o campeonato avança, afunila-se a tabela, aproxima-se a grande final. Giovanni faz de tudo para fulminar o adversário, ensina a quebrar perna sem o juiz ver, joga bomba bacteriológica na concentração. Filomena implora que, além do futebol, Giovanni preste um pouquinho de atenção nela também. Enfim o professor Giovanni acaba sendo um vilão simpático, o autor se diz encarnado nele. Editora : Global Editora; 17ª edição (1 janeiro 2008)Idioma : PortuguêsCapa comum : 102 páginasISBN-10 : 8526012991ISBN-13 : 978-8526012998Idade de leitura : 9 - 12 anosDimensões : 22.8 x 15.2 x 0.8 cm, 6, new. Algumas histórias são tão boas e fascinantes que parecem fruto da mais pura imaginação. A história do garoto brasileiro que, morando em Berlim, na Alemanha dos pais, vai à padaria e se vê recrutado à força para servir ao exército nazista é daqueles enredos que te prendem de imediato. A partir de um pequeno diário caindo aos pedaços que lhe chegou às mãos por acaso, o jornalista Tarcísio Badaró escreveu uma história que reúne aventura, drama, relatos de guerra, anotações de viagem e sentimentos humanos variados. Horst Brenke, o nosso garoto em questão, deixou um registro cru e emocionante que jamais havia sido lido antes. Com ele, vamos direto ao cenário da Segunda Guerra Mundial em seus momentos finais, num mundo destroçado pela barbárie. Sua saga inclui a prisão nos famigerados campos russos, o trabalho escravo em condições perversas, a vida como indigente na Itália. Para nos contar essa história, Tarcísio Badaró fez um primoroso dever de casa: visitou arquivos alemães e russos, consultou historiadores e fontes diversas, leu tudo sobre a guerra e entrevistou a família brasileira e os amigos do personagem. E fez mais: foi à Europa e empreendeu o mesmo percurso anotado por Horst em seu diário, 71 anos antes, passando por cidades e lugarejos de nove países. O resultado é este livro poderoso, revelador do quanto o bom jornalismo ainda pode nos surpreender em contextos saturados de informação. Editora : Vestígio; 1ª edição (20 outubro 2016) Idioma : Português Capa comum : 192 páginas ISBN-10 : 8582863284 ISBN-13 : 978-8582863282 Dimensões : 23 x 16 x 1.4 cm, 6, new. Dizem que segredos não sobrevivem por muito tempo em cidades pequenas. Mas, em Três Rios, eles estão por toda parte há tempo demais. Sombrios, aterrorizantes e indecifráveis um espelho da cidadezinha onde tudo aquilo que é estranho e profano sempre encontra um jeito de se manifestar na superfície. O encontro inevitável de Cesar Bravo com a DarkSide® Books veio das profundezas. Algo visceral, que era para ser, como todas as coisas assinadas com sangue. Ultra Carnem selou o pacto entre a editora mais sinistra do Brasil e a mente maldita de Bravo, povoando os pesadelos dos leitores, que pediram mais. Mais histórias. Mais mistérios. Uma nova experiência sobrenatural, quem sabe? Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, Bravo guia os leitores amaldiçoados até os cantos mais sombrios de nossas mentes. E a cidadezinha de Três Rios, localizada no noroeste paulista, é o palco principal um ponto de encontro de todas as coisas estranhas que acontecem nas redondezas. O inferno corre por essas águas e lança suas sementes nessa terra. Um lugar vivo e pronto para devorar o próximo filho que renegar sua origem. VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue se passa em um período especial e repleto de esquisitices, entre 1985 e 1995, e tem início em uma videolocadora peculiar capaz de alugar os sonhos e as vidas de seus clientes. Quem viveu nessa época vai ter para sempre suas lembranças com textura de VHS. Bravo constrói a narrativa de seu novo romance de horror fragmentado com base em registros orais, casos sinistros e uma porção de detalhes que rodeiam a vida dos moradores de Três Rios mandingas macabras, crimes brutais, animais soturnos e inúmeros mapas, notícias de jornais e anúncios compõem o imaginário de um local esquecido pelo tempo. Os relatos mais sangrentos de Três Rios têm lastro na vida real, e vão empurrar o leitor em um dilema moral, comenta o autor, Cesar Bravo. Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, cada fragmento é uma memória, algo a ser dividido, e os relatos dos habitantes de Três Rios deixa de ser pessoal e passa a fazer parte de um todo. As várias faces do horror se manifestam e prometem assombrar qualquer um que ousar mergulhar nas páginas desta obra. A grandiosidade da vida está na reunião de episódios insólitos, belos e dantescos, complementa. A escrita de Cesar Bravo se mostra ainda mais audaciosa e transgressora em seu segundo livro publicado pela DarkSide® Books. Fãs de Stephen King, Clive Barker, Joe Hill e Robert Chambers têm outro mestre para seguir com uma voz única e muito brasileira, o terror nacional volta a respirar na pele da nova geração de autores e leitores sedentos por histórias que dêem voz a nossa identidade. Capa dura: 288 páginasEditora: Darkside; Edição: Nova edição (8 de dezembro de 2019)Idioma: PortuguêsISBN-10: 8594541902ISBN-13: 978-8594541901Dimensões do produto: 23,4 x 16 x 2,4 cmPeso de envio: 399 g, 6, new. Ana Campagnolo e David Amato comentam sobre o debate político acerca do Homeschool através da experiência de bastidores e da atuação oficial de uma deputada. Na primeira parte do livro, reuniram os argumentos mais comuns contra a educação domiciliar e explicam porque são infundados. Será que a escola é a única instituição capaz de transmitir uma educação democrática? Sem escola não há socialização? Estão os pais habilitados a educarem seus próprios filhos tão mal quanto a escola pública brasileira? A criança que não frequenta escola sofrerá abuso sexual e ficará traumatizada? A educação domiciliar é autoritária, fundamentalista, preconceituosa e perigosa? A escola precisa ser tão obrigatória quanto é ineficiente? O Homeschool aumenta a desigualdade? E o mais importante: é justo o seu filho não ser exposto ao bullying e à pedagogia ruim juntamente com outras milhares de crianças da sua cidade? É justo você salvar as suas crianças e deixar as outras para trás? Editora : Estudos Nacionais; Primeira edição (28 abril 2022)Idioma : PortuguêsCapa comum : 140 páginasISBN-10 : 6599030270ISBN-13 : 978-6599030277Idade de leitura : 18 anos e acimaDimensões : 23 x 16 x 0.8 cm , 6, new. Depois de receber diversos prêmios e vender mais de 2,5 milhões de exemplares no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos com a série 1808, 1822 e 1889, o escritor Laurentino Gomes dedica-se a uma nova trilogia de livros-reportagem, desta vez sobre a história da escravidão no Brasil. Resultado de seis anos de pesquisas e observações, que incluíram viagens por doze países e três continentes, este primeiro volume cobre um período de 250 anos, do primeiro leilão de cativos africanos registrado em Portugal, na manhã de 8 de agosto de 1444, até a morte de Zumbi dos Palmares. Entre outros aspectos, a obra explica as raízes da escravidão humana na Antiguidade e na própria África antes da chegada dos portugueses, o início do tráfico de cativos para as Américas e suas razões, os números, os bastidores e os lucros do negócio negreiro, além da trajetória de alguns de seus personagens mais importantes, como o Infante Dom Henrique, patrono das grandes navegações e descobrimentos do século XV e também um dos primeiros grandes traficantes de escravos no Atlântico. Esta é uma história de dor e sofrimento cujos traços ainda são visíveis atualmente em muitos dos locais visitados pelo autor, como Luanda, em Angola; Ajudá, no Benim; Cidade Velha, em Cabo Verde; Liverpool, na Inglaterra; e o cais do Valongo, no Rio de Janeiro.Os dois volumes seguintes, a serem publicados até as vésperas do bicentenário da Independência Brasileira, em 2022, serão dedicados ao século XVIII, o auge do tráfico de escravos, e ao movimento abolicionista que resultou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888, chegando até o persistente legado da escravidão que ainda hoje assombra o futuro dos brasileiros. Capa comum: 504 páginasEditora: Globo Livros; Edição: 1 (23 de agosto de 2019)Idioma: PortuguêsISBN-10: 6580634014ISBN-13: 978-6580634019Dimensões do produto: 22,8 x 15,6 x 2,8 cmPeso de envio: 581 g, 6, new. Um livro da novíssima ficção brasileira, que surpreende e faz rir mesmo dos eventos mais terríveis da vida.Este grupo de ficções de Veronica Stigger contos, causos, epifanias, poemas e textos de inspiração teatral oferece, com sua variedade de forma e ritmos, um conjunto absolutamente irresistível, aterrador e risível de nossas fragilidades (do corpo e da mente). A história do aluno de colégio invejado por levar tupperware preto; o dia em que nevou numa cidade dos trópicos; o longo conto-poema sobre sangue, menstruação e morte. Capa comum : 144 páginasISBN-10 : 8588808870ISBN-13 : 978-8588808874Dimensões do produto : 20.8 x 13.6 x 1 cmEditora : Todavia; 1ª Edição (4 abril 2019)Idioma: : Português, 6, new. Primeiro livro de Adélia Prado, Bagagem mostra o talento que faria da escritora uma das mais aclamadas poetas da literatura brasileira.Publicado originalmente em 1976, Bagagem foi lido e recebido com empolgação por Carlos Drummond de Andrade, que, entusiasta da obra de Adélia, indicou sua publicação. O livro traz textos repletos de emoções que, para a autora, são inseparáveis da criação, ainda que nascidas, muitas vezes, do sofrimento. O sentido de religiosidade também está presente em grande parte dos poemas, retratando parte da realidade da vida no interior do Brasil. Muitas vezes, Adélia opta por expor conflitos entre o sagrado e o profano, observados a partir de coisas simples da natureza ou até mesmo da leitura de um texto religioso.O estilo inconfundível dos poemas não traduz somente a lenta maturação de uma obra sendo idealizada por quatro décadas (Adélia tinha 41 anos na publicação deste que é seu livro de estreia); revela uma poeta dotada de autocrítica, cultivada lentamente e disposta a correr riscos. A estreia tardia expõe um equilíbrio raro: frescor e maturidade, provocação e respeito, despudor e humildade.Os poemas de Bagagem nasceram de um período em que Adélia escrevia incessantemente. Os poemas praticamente irromperam, apareceram cargas e sobrecargas de poemas. Eu escrevia muito nesse período, confessa a autora. Apesar de muitos e variados, abordando temas tão diversos quanto o amor carnal, o amor divino, a vocação do poeta, as cores e as dores da vida, os textos possuem uma unidade, uma fala peculiar. Entre outros títulos que me ocorreram, Bagagem era o que resumia, para mim, aquilo que não posso deixar ou esquecer em casa. A própria poesia, sintetiza Adélia.Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: está à lei, não dos homens, mas de Deus. Carlos Drummond de AndradeAdélia é uma poeta da linguagem escrita. Mas escrita ditada pelos ritmos da voz, longamente cultivada na liturgia, na conversa da cidade de interior, na memória familiar, nas canções populares e na declamação dos poemas. A sua concepção poética converge para o verbo. Augusto Massi Editora : Record; 41ª edição (26 fevereiro 2003)Idioma : PortuguêsCapa comum : 144 páginasISBN-10 : 850106503XISBN-13 : 978-8501065032Dimensões : 20.8 x 13.4 x 1.4 cm, 6, new. Uma análise contundente das eleições de 2018, o evento mais impressionante da história eleitoral brasileira, a partir de dados e gráficos estatísticos. Qual o perfil dos eleitores de Jair Bolsonaro? De que segmento social fazem parte? Qual sua escolaridade, idade, gênero e religião? Em suma: Quem votou em Bolsonaro? Utilizando gráficos e dados comparativos, o cientista político Jairo Nicolau faz uma radiografia do surpreendente desempenho de Jair Bolsonaro e do PSL nas eleições de 2018, que levaram o país a uma radical guinada à direita. Estudioso do processo eleitoral brasileiro, Nicolau apresenta e analisa os números que elegeram um nome até então relativamente inexpressivo no cenário mais amplo da nossa política, esmiuçando pontos centrais como a relação entre tempo de TV, dinheiro e voto; as redes sociais; o voto das mulheres e dos evangélicos; o voto por regiões, estados e cidades. O Brasil dobrou à direita traz uma contribuição decisiva para o debate desapaixonado sobre o fenômeno do bolsonarismo nas urnas e sobre as transformações que mudaram o rumo do Brasil. Um livro fundamental para se entender o que aconteceu e o que pode acontecer nas próximas eleições. Editora : Zahar; 1ª edição (5 outubro 2020)Idioma : PortuguêsCapa comum : 144 páginasISBN-10 : 8537818887ISBN-13 : 978-8537818886Dimensões : 14 x 0.9 x 21 cm, 6, new. Uma história da privacidade e das práticas cotidianas dos brasileiros do século XIX. Organizado por Luiz Felipe de Alencastro, o livro é o segundo dos quatro volumes da premiada coleção História da Vida Privada no Brasil, que se tornou referência incontornável na historiografia nacional e agora retorna ao mercado numa cuidadosa edição de bolso. Os textos aqui reunidos desvendam os mecanismos da sociedade moderna e a dinâmica da formação nacional. Destaca-se, nesse contexto, o Rio de Janeiro, que na época desfrutou de uma preeminência jamais igualada por outra cidade brasileira. A propagação das modas europeias, as relações entre senhores e escravos, os modos de vida dos migrantes e novos imigrantes europeus, as posses e as angústias familiares dos senhores de engenho são alguns dos temas abordados. Prêmio Jabuti 1998 de Melhor Livro de Ciências Humanas Editora : Companhia de Bolso; 1ª edição (4 junho 2019)Idioma : PortuguêsCapa comum : 448 páginasISBN-10 : 8535932208ISBN-13 : 978-8535932201Dimensões : 17.8 x 12.4 x 2.6 cm, 6, new. Cruamente honesto, o livro de memórias de Rex Brown (baixista do Pantera) oferece uma visão chocante sobre uma das bandas mais influentes e populares da história do Heavy Metal. Poucas bandas de Metal sobreviveram à turbulência que tomou de assalto a cena musical do começo dos anos 1990. O Pantera foi uma exceção. Ao invés de se render ao mercado, a banda optou pelo caminho inverso: obrigou que os fãs seguissem os seus passos, através do lançamento de uma série de discos ferozmente intransigentes, como Vulgar Display of Power e Far Beyond Driven, que venderam milhões de cópias mesmo tocando pouquíssimo no rádio. A biografia de Rex Brown é a narrativa definitiva sobre os bastidores de uma das maiores bandas de rock, que alcançou o sucesso lutando contra todas as adversidades, mas, tragicamente, teve sua trajetória interrompida com a morte do guitarrista Darrell Dimebag Abbott, assassinado no palco por um fã perturbado. A edição brasileira conta com prefácio escrito pelo jornalista e músico Luiz Mazetto, além de um caderno de fotos mostrando diversas fases da carreira de Rex Brown no Pantera. Este é um relato lúcido sobre as histórias (até então não conta-das) de uma das bandas mais influentes do Heavy Metal, escrito pelo homem mais qualificado para contar a verdade sobre aqueles incríveis e muitas vezes difíceis anos de fama e excessos. REX BROWN nasceu em 1964, na cidade de Graham, no Texas. Ele entrou para o Pantera em 1982 e também tocou no Down. Sua nova banda, Kill Devil Hill, já lançou dois álbuns e vem conquistando muitos fãs. é o autor do livro James Hetfield: The Wolf at Metallicas Door. Ele divide seu tempo entre a Califórnia e a Escócia. Editora : Ideal; 1ª edição (1 julho 2014) Idioma : Português Capa comum : 288 páginas ISBN-10 : 8562885274 ISBN-13 : 978-8562885273 Dimensões : 22.6 x 15.8 x 2 cm, 6, new. Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele no correr dos anos 1960 e do que viria a acontecer depois dele no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara (um, dois muitos Vietnãs); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas no Brasil, sem lenço e sem documento, canta-se que nada será como antes, apesar de você. Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais sempre desejosos de tomar o poder e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos leninistas, trotskistas, maoístas ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018)Idioma : PortuguêsCapa comum : 288 páginasISBN-10 : 8569536216ISBN-13 : 978-8569536215Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 6<
2018, ISBN: 9788569536215
Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que o… mais…
Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. – Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele – no correr dos anos 1960 – e do que viria a acontecer depois dele – no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara ("um, dois… muitos Vietnãs"); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas – no Brasil, "sem lenço e sem documento", canta-se que "nada será como antes", "apesar de você". Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais – sempre desejosos de tomar o poder – e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos – escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia – a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos – e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos – leninistas, trotskistas, maoístas – ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018) Idioma : Português Capa comum : 288 páginas ISBN-10 : 8569536216 ISBN-13 : 978-8569536215 Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 0<
2018
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new. Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele no correr dos anos 1960 e do que viria a acontecer depois dele no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara (um, dois muitos Vietnãs); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas no Brasil, sem lenço e sem documento, canta-se que nada será como antes, apesar de você. Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais sempre desejosos de tomar o poder e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos leninistas, trotskistas, maoístas ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e a Europa), vale a pena assinalar dois aspectos. No caso de Morin e Castoriadis, o olhar se volta para o panorama amplo dos anos 1960 para nele inserir o maio francês, isto é, o surgimento dos movimentos sociais dos direitos civis (dos negros nos USA), do feminismo, da ecologia, da liberação sexual e, do lado da juventude, o surgimento da contra-cultura. No caso de Lefort, a introdução da idéia de desordem permite compreender não apenas o maio francês, mas também os movimentos sociais como expressões da democracia, isto é, como conflito legítimo e contestação permanente dos poderes e das instituições no interior da sociedade. Marilena Chaui, professora do Departamento de Filosofia da USP Editora : Autonomia Literária; 1ª edição (1 janeiro 2018)Idioma : PortuguêsCapa comum : 288 páginasISBN-10 : 8569536216ISBN-13 : 978-8569536215Dimensões : 20.8 x 13.8 x 1.6 cm, 6<
ISBN: 8569536216
Livro de bolso
[EAN: 9788569536215], Neubuch, [PU: AUTONOMIA LITERARIA], Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das qua… mais…
[EAN: 9788569536215], Neubuch, [PU: AUTONOMIA LITERARIA], Maio de 68 encarnou profundas aspirações, nutridas sobretudo pela juventude estudantil. Aspirações que os jovens sentem e das quais se esquecem quando são domesticados à vida que os integra ao mundo. Aspirações de mais liberdade, autonomia, fraternidade, comunidade. Totalmente libertário, mas sempre com a ideia fraternal onipresente. Os jovens combinaram essa dupla aspiração antropológica que brotou em diferentes momentos da história humana. Creio que a importância histórica de Maio de 68 é grande por tê-la revelado. Maio de 68 é da ordem de uma renovação dessa aspiração humana que reaparece de tempos em tempos e que ainda reaparecerá sob outras formas. – Edgar Morin, Filósofo e sociólogo, diretor de pesquisa emérito do CNRS 1968 é um ano emblemático. Maio, na França, um mês simbólico. Ano emblemático porque recolhe numa unidade de sentido o que se passou antes dele – no correr dos anos 1960 – e do que viria a acontecer depois dele – no correr dos anos 1970. Primavera de Praga contra o totalitarismo soviético; movimento estudantil de Berkeley contra a guerra do Vietnã; criação da universidade crítica na USP, abrindo uma experiência que se espalha para várias universidades brasileiras em luta contra a ditadura e o autoritarismo acadêmico; movimento estudantil na França contra o servilismo das ciências sociais, curvadas às imposições da sociedade industrial capitalista, e o sombrio futuro dos estudantes nessa sociedade; início da guerrilha revolucionária nos países da América do Sul com a palavra de ordem de Che Guevara ("um, dois muitos Vietnãs"); desenvolvimento do feminismo e do movimento ecológico, nos Estados Unidos; em toda parte, movimentos de luta pela liberação da sexualidade contra a repressão consolidada pela moral vitoriana; nascimento da música de protesto e da contracultura como expressão de todos esses movimentos e lutas – no Brasil, "sem lenço e sem documento", canta-se que "nada será como antes", "apesar de você". Mês simbólico porque a rebelião estudantil francesa não se confina ao ambiente universitário, mas ocupa as ruas, onde inventa uma nova sociabilidade tirando do isolamento os habitantes das cidades, pratica a guerrilha construindo barricadas para enfrentar as forças policiais, espalha-se pelas fábricas que, passando da solidariedade aos estudantes à presença política própria, deflagram uma greve geral, pondo em questão os partidos de esquerda tradicionais – sempre desejosos de tomar o poder – e ameaçando a queda do bastião da república francesa, o presidente De Gaulle. Os textos reunidos neste livro manifestam o espanto diante dos acontecimentos, a esperança de uma mudança social e política sem precedentes na Europa e o trabalho da interrogação do novo. São textos duplamente heterogêneos: em primeiro lugar, porque se situam historicamente em dois momentos distintos – escritos no calor da hora e vinte anos depois; em segundo, porque se oferecem como interpretações cujo centro varia – a ênfase de Morin e Lefort recai sobre a juventude estudantil, enquanto a de Castoriadis se debruça sobre a participação proletária nos acontecimentos – e cuja interrogação propõe, para Morin e Castoriadis, a questão da revolução, enquanto Lefort a descarta de imediato. Todavia, tanto nos textos da primeira hora quanto nos dos anos 1980, é possível encontrar um ponto de convergência: maio de 68 demoliu a imagem comunista da revolução, não somente porque o sujeito político não foi a classe operária guiada pela vanguarda do partido (não sendo casual que os vários partidos – leninistas, trotskistas, maoístas – ocupassem a cena política somente com o fim do movimento estudantil), mas também porque a rebelião estudantil não pretendeu a tomada do poder, porém se ergueu contra todas formas de poder e autoridade, abrindo uma brecha no tecido cerrado da sociedade e da universidade francesas. Nos textos tardios, além o acerto de contas com os primeiros escritos e do exame crítico da avalanche de interpretações que inundou a França (e, Books<
ISBN: 9788569536215
Paperback, [PU: EDITORA AUTONOMIA LITERARIA], Finalmente, "Maio de 68
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Dados bibliográficos do melhor livro correspondente
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Dados detalhados do livro - Maio de 68. A Brecha (Em Portugues do Brasil)
EAN (ISBN-13): 9788569536215
ISBN (ISBN-10): 8569536216
Livro de bolso
Ano de publicação: 2018
Editor/Editora: EDITORA AUTONOMIA LITERARIA
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Página de detalhes modificada pela última vez em 2023-11-02T20:40:55+00:00 (Lisbon)
Número ISBN/EAN: 9788569536215
Número ISBN - Ortografia alternativa:
85-69536-21-6, 978-85-69536-21-5
Ortografia alternativa e termos de pesquisa relacionados:
Autor do livro: claude lefort, morin
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